Um recente levantamento identificou que a cidade de Bastos possui uma população canina que varia entorno de 4.700 animais. A Vigilância em Saúde e Zoonose do município tem realizados visitas e trabalhos de conscientização da população para a guarda responsável e a necessidade de manter os animais vacinados, evitando assim que possam contrair doenças tais como; parvovirose, leishmaniose visceral, raiva entre outras.
Apesar de todo o trabalho desenvolvido, a equipe de saúde acabou surpreendida neste mês com um resultado de exame positivo para leishmaniose em um homem de 30 anos. Diante da situação a prefeitura optou por realizar um inquérito canino que será iniciado pela Vila Nova e Santa Helena, áreas de maior concentração de animais do município.
Segundo o médico veterinário Sérgio Kioshi Tsuda, nesta primeira fase, foram liberados pelo Ministério da Saúde 1.200 exames. As equipes compostas por três pessoas, incluindo um médico veterinário estarão a partir desta segunda-feira (24) percorrendo os bairros e coletando sangue dos animais.
O exame é gratuito e facultativo. No primeiro momento parte do sangue passará por um teste rápido, dando reagente o restante da amostra será encaminhado ao Instituto Adolfo Lutz para passar pelo exame denominado ELISA (Enzyme Linked Immuno Sorbent Assay), a fim de confirmar ou negativar a suspeita. Caso seja positivo, o resultado será encaminhado ao proprietário, que receberá as devidas orientações, não sendo obrigado a entregar o animal, cabendo a ele decidir como estará procedendo.
SINTOMAS
Nos casos mais avançados da doença para evitar o sofrimento do animal e o risco de contágio, o proprietário poderá solicitar a eutanásia que é realizada sem custos pela equipe da vigilância, já no caso em que optar pelo tratamento, o tutor é quem arcara com as despesas decorrentes.
O veterinário explicou que os primeiros sintomas da doença no animal são: falta de apetite, letargia, perda de peso, progredindo para feridas nos membros, crescimento exagerado de unhas, queda de pelos, tosse, espirros, diarreia, hemorragias, conjuntivite, meningites, encefalites e paralisias. Na fase final ocorre insuficiência renal e hepática, não responde à medicação.
PREVENÇÃO
De forma preventiva a população pode estar eliminando os locais em que o mosquito palha (flebótomo) se prolifera. Retire dos quintais folhas, frutas, fezes de animais e qualquer material que esteja em contato com umidade se decompondo. Este ambiente é ideal para o vetor depositar seus ovos e potencializar seu ciclo.
O uso de coleiras e de produtos repelentes também ajuda a afastar o mosquito. Repelentes a base de citronela recomenda-se antes de fazer o uso passar um pouco na pata do animal e aguardar alguns minutos verificando se não houve nenhuma reação, após este procedimento o produto poderá ser aplicado no dorso (do pescoço para baixo) na casinha do animal e nos locais onde ele costuma permanecer por mais tempo.
ANTIRRÁBICA
Em função do levantamento canino a equipe da Vigilância em Saúde e Zoonose, que realiza a vacinação antirrábica as terças no ponto fixo que funciona na sede da Vigilância, estará mobilizada a campo. Para garantir o atendimento estão sendo definidos pontos estratégicos de vacinação percorrendo os bairros da cidade. No dia 30 de julho estará realizando a vacinação no bairro Novo Bastos, atendendo a zona norte da cidade. As pessoas que possuírem grande número de animais; animal bravio; ou que por algum motivo não consiga levar o pet até o local de vacinação poderá entrar em contato pelo telefone (14) 3478-2507 ou ir pessoalmente na sede da Vigilância Sanitária Municipal de Bastos, localizada a rua Osvaldo cruz Rua Osvaldo, nº 878, de segunda a sexta-feira no horário das 7h às 11h e das 13 às 17h, para solicitar agendamento, ou demais informações junto a equipe.
Bastos